A saída de Max Cavalera do Sepultura em 1996 marcou um ponto de virada significativo na história da banda brasileira de heavy metal. A decisão de Max foi influenciada por uma série de fatores complexos que culminaram em sua partida, alterando para sempre a dinâmica do grupo.
Durante a criação do álbum “Roots”, a banda enfrentava tensões crescentes. A esposa de Max, Gloria, que também era a empresária do Sepultura, estava prestes a ter seu contrato encerrado. Os outros membros da banda – Andreas Kisser, Paulo Jr. e Iggor Cavalera – queriam um novo empresário, mas Max se opôs fortemente a essa mudança. A situação se agravou quando a banda começou a destacar aspectos individuais, o que gerou desconforto entre os integrantes.
A gota d’água foi a decisão dos outros membros de demitir Gloria, o que Max viu como uma traição. Ele sentiu que a decisão foi calculada e desconsiderou os laços pessoais, especialmente após a morte de Dana, filho de Gloria. Esse conflito interno levou Max a deixar a banda, resultando também no afastamento entre ele e seu irmão Iggor.
Após sua saída, Max formou o Soulfly em 1997, banda com a qual lançou doze álbuns de estúdio até 2022. Ele também se reuniu com Iggor em 2007 para formar o Cavalera Conspiracy, que lançou quatro álbuns e regravou “Morbid Visions” em 2023. Além disso, Max participou de outros projetos musicais, como o supergrupo Killer Be Killed e o Go Ahead and Die.
A substituição de Max no Sepultura foi feita por Derrick Green, que assumiu os vocais em 1998 e continua a liderar a banda até hoje. A transição não foi fácil, mas Derrick conseguiu estabelecer sua própria identidade dentro do grupo, contribuindo para nove álbuns de estúdio.
A história de Max Cavalera e sua saída do Sepultura é um exemplo de como conflitos internos podem transformar a trajetória de uma banda, levando à criação de novas oportunidades e projetos musicais.
